quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Entrevista: Hindoslem (Áustria)

Vindo pela segunda vez ao Capibaribe In Rock, a banda austríaca Hindoslem está animada para pisar novamente em solo Pernambucano. A banda, que também vai fazer shows em Caruaru e Surubim, lançou recentemente um álbum intitulado "The Boys Might be Old". Batemos um papo com o baixista Christopher Roither sobre a turnê brasileira, clipe novo e a sensação de rever os fãs no festival.




Depois de um show muito elogiado na edição do festival de 2012, o que a banda achou do evento?

Christopher: O Festival Capibaribe in Rock 2012 foi muito prazeroso pra nós. Santa Cruz de fato é um lugar hard rock! Conhecemos pessoas maravilhosas e mal podemos esperar para estarmos aí novamente!

Vocês chamaram a turnê brasileira de "The Return of the Bunda" (algo como "O retorno da bunda"). De quem foi a brilhante ideia? (risos)

Christopher: Upppsss! Isso foi um engano! Esse nome foi mais ou menos uma música de trabalho. Pra ser honesto, nós não conseguimos aprender Português e há algumas palavras que ficam nas nossas mentes como “Boa Tarde”, “Olá”, e “Bunda”. Quando falamos “Bunda” nossos amigos brasileiros começam a rir, então acho que significa algo legal! O nome verdadeiro da Turnê 2014 no Brasil é “The Story of an Airship”.

Você escuta alguma banda brasileira? O que você acha da música brasileira?

Christopher: Com certeza conhecemos algumas músicas brasileiras. Nós conhecemos durante um curso de dança de Bossa Nova. Quem sabe talvez nós coloquemos “Garota de Ipanema” no setlist! (risos). Mas sério, agora nossa banda Brasileira favorita é a Hanagorik. Eles arrasaram na Europa. Tivemos ótimos momentos com eles. Mas nós iremos tocar com ótimas bandas este ano. Estamos ansiosos para vê-los no palco!

A banda lançou em seu canal no YouTube há alguns dias, o vídeo para a canção "Rhinozerus vs Zeppelin". Conte-nos um pouco sobre a gravação do vídeo.

Christopher: "Rhinozerus vs Zeppelin" é uma música do nosso mais novo álbum chamado “The Boys Might be Old”. Depois de um show em Dunaujvaros, uma cidade na Hungria, decidimos gravar um vídeo bastante autêntico na frente de um maravilhoso cenário com centenas de velhas garagens. Então chamamos uns caras que usam essas garagens como locais de ensaio. Atualmente não temos alguém pra filmagens, só usamos um apoio de câmera apenas. Fixamos a câmera em dois locais e tocamos a música. A propósito, amamos Dunaujevaros como amamos Santa Cruz.

É a primeira turnê da banda ou vocês já viajaram pelo interior do Brasil outras vezes?

Christopher: Em 2012 tocamos alguns shows em Caruaru e Surubim. Em cada um tivemos ótimos momentos com amigos. É por isso que voltamos agora! Por que a galera do Brasil arrasa!

O que podemos esperar de Hindoslem para o show deste ano?

Christopher: Esperem o inesperado. Estamos maiores, mais fortes e mais rápidos desta vez. Estejam lá!


A Hindoslem se apresenta no sábado, dia 15 de novembro no Capibaribe In Rock 2014. 

Entrevista: Jorge Luis e Priscila Moura

Tradução: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: Hindoslem

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Entrevista: Calibre 765 (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A Calibre 765 é uma das bandas que figuram no hall de propulsoras da cena underground de Santa Cruz do Capibaribe. Com letras que costumam refletir sobre realidade social, a Calibre é bastante respeitada e admirada por músicos e público da cidade. O blog conversou com o guitarrista Marcos Mota, que nos falou sobre a cena atual de Santa Cruz, entrada de novos membros e, como não podia ser diferente, o show no Capibaribe In Rock 2014.


Como a Calibre surgiu?

Marcos Mota: Calibre surgiu nos ensaios das bandas Carcinose e Le Freak (na época Projetil Lisérgico). Foram nesses ensaios que encontrei Carlinhos e Pedrão, que estavam com a ideia de formar uma nova banda.  Então, chamamos Wellinton (se escreve assim mesmo) para tocar baixo e Cari para a bateria, logo depois Fábio Xavier assumiu as guitarras ao meu lado. Essa, então, foi por muito tempo a formação da Calibre 765. Depois de algumas idas e vindas, a formação atual da Calibre conta com: Carlinhos (voz), Marcelo Aleixo e eu (guitarras), Lamarques (baixo) e Wagner (Bateria).


 As composições de vocês sempre apresentam temas sociais. Qual a relação da banda com temas desse tipo?

Marcos Mota: Nunca foi uma ideia nossa, na verdade nunca nos importamos muito em seguir um conceito ou uma determinada linha de raciocínio em relação a temas de letras e de composições. Procuramos desde sempre sermos honestos, inclusive com nos mesmos. Por isso escrevemos temas sobre o qual vivenciamos, falamos de violência, morte, miséria... Mas também falamos de diversão, sexo, amor... Enxergamos a vida de forma ampla e expressamos isso nas nossas músicas.

O som de vocês é conhecido também por ser um dos primeiros da cidade a ser autoral. Como é o processo de composição da banda?

Marcos Mota: Sempre procuramos tocar nossas próprias músicas. Acredito que nunca tocamos mais de três covers em um show. Sempre demos prioridade as nossas composições e o publico que gosta e frequenta os shows da Calibre 765 não vai lá para ouvir cover. Eles não ficam lá embaixo pedindo pra tocar Raul ou Legião... Eles entenderam nossa ideia e apoiaram. Isso nos deu a liberdade e de certa forma segurança para seguir esse caminho. E também sempre procuramos colocar no repertório musicas de compositores locais como Alberto Grilo, O Velho Nau, Sandova Cabeleira, Projetil Lisérgico entre outros.

A calibre é uma das bandas seminais da cena alternativa de Santa Cruz do Capibaribe. Como vocês avaliam a cena da cidade atualmente, em contraste ao que era quando a banda começou? Muita coisa mudou?

Marcos Mota: Estamos na era da informação e como todos sabem, isso às vezes atrapalha mais que ajuda. Quando iniciamos, nossa intenção era unicamente nos divertir. Havia poucos recursos, poucos meios de divulgação; Tinhamos o CIR, o programa de Betto Skin aos domingos e a rádio de Claudemir (onde apresentamos durante um bom tempo, um programa aos sábados). Hoje eu vejo os músicos mais preocupados com a propaganda do que com a música. Essa facilidade atual desvirtua o verdadeiro sentido da coisa. Mas vejo gente nova com grandes potenciais em nossa cidade, e também, gostaria de ver alguns artistas mais antigos com seus trabalhos gravados, como Fábio Xavier, Olegário Lucena, Sandova, Alberto Grilo, Cariolando... Seria de grande valor para nossa música.

Em relação à formação atual da banda, o guitarrista Marcelo Aleixo (ex-Plano Base) entrou há algum tempo e já aparece como um dos grandes destaques da banda. Vocês acham que a banda se consolidou com a entrada dele?

Marcos Mota: Marcelo além de ser um excelente músico é uma excelente pessoa, um cara de grupo. Ele deu um sangue novo à banda. Mas também temos a presença de Wagner, que é o nosso novo baterista e também está somando muito.


Sobre material novo, o que a Calibre está preparando para o público?

Marcos Mota: Esperamos após o CIR continuarmos com as gravações, mas ainda não sabemos se vamos fazer um EP com poucas músicas ou um álbum completo. Só depois vamos sentar e definir isso.

Quais as expectativas para o show do Capibaribe In Rock 2014? Estão preparando algo especial?

Marcos Mota: A expectativa para o CIR  sempre é grande. Posso dizer que estamos preparando um show nervoso, como nos velhos tempos.


A Calibre 765 se apresenta no domingo, dia 16 de novembro. TÁ CHEGANDO!

    
Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Marcos Mota


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Entrevista: Os Aquamans (Surubim - PE)

Direto de Surubim - PE, a banda de surf music Os Aquamans desponta como uma grande e bem vinda novidade na cena alternativa da região. Com um som enraizado em cantores como Dick Dale, os caras estão ansiosos para tocar no Capibaribe in Rock 2014. O blog chamou o baterista Eduardo Souza para conversar sobre a cena de Surubim, influências, além, é claro, do que eles estão aprontando para o público do festival. 


      Como Os Aquamans surgiram?

     Eduardo Souza: A banda surgiu de algumas jams que fazíamos nos finais de semana, com a banda do nosso baixista Felipe. logo após o ensaio constumavos realiazar alguns improvisos. Tocar surf rock sempre foi uma brincadeira de fim de ensaio sem nenhuma pretensão. Com o desfalque de dois membros da antiga banda (incluindo o vocalista), e um convite para tocar no evento de aniversário da cidade, tivemos que arranjar uma solução. Dai veio a ideia de levar o surf instrumental, que fazíamos em forma de jams nos finais de ensaio mais a sério, e formar uma nova banda faltando apenas uma semana para a apresentação. Se o show foi bom, pergunte ao vigia Bazinha, o mais animado da plateia.

    Quais as influências de vocês?

    Eduardo Souza: Nossas maiores influências são basicamente do final dos anos 50 e anos 60, totalmente direcionado a surf music e um pouco de música psicodélica. Bandas como The Ventures, The Astronauts, Dick dale, Beach boys, The jet blacks e até uma mais recente chamada Satan’s Pilgrims, essas são nossas maiores influências.


    Você tocava na Hanagorik, banda seminal para a cena de Santa Cruz que tinha um estilo bem diferente da Aquamans. Como foi a mudança?

    Eduardo Souza: Realmente existe uma diferença entre as duas bandas. Eu já tocava com Bruno (tecladista) Pedro (guitarrista) antes de entrar na Hanagorik. A minha entrada na Hanagorik foi justamente pela banda que eu já fazia parte com os meninos quando Tuca (guitarrista) me fez o convite para entrar na banda e decidi encarar o desafio, que pra mim foi uma das minhas melhores experiências como músico. Poder tocar com pessoas que você admira e respeita foi muito proveitoso para mim. Enquanto a questão da mundança não foi complicado por que eu sempre gostei de tocar os dois tipos de música tanto no Hanagorik que era um pouco mais pesado, quanto agora nos Aquamans.

    A Aquamans faz parte de uma cena bastante recente em Surubim. Como anda a cena da cidade?

   Eduardo Souza: Sobre isso eu sou meio suspeito pra falar. Acho até que não sou a pessoa certa  pra falar sobre isso, por que faço parte de uma geração bem mais nova.  Fazendo uma comparação com alguns tempos atrás, acho que já tivemos tempos bem melhores. A cena de hoje na cidade, pra ser sincero, quase não existe no meu ponto de vista. Há poucas bandas, e também não tem espaço para essas bandas se apresentarem (com exceção da Rockcycle), o único espaço disponível para as bandas da cidade, e se existe outro lugar, desconheço. Então não há muitas coisas que movimentem a cidade nesse tipo de cenário e nem apoio da prefeitura local, desde música ou qualquer outro tipo de arte que nasce da terra. 

   O que a banda está preparando para o Capibaribe in Rock 2014? Muita expectativa?

   Eduardo Souza: A expectativa pro show é a melhor possível, para todos os membros da banda, e em especialmente pra mim que já tive a oportunidade de tocar no festival com a Hanagorik. Sei que é um festival de respeito e com um público bem receptivo e aberto para ouvir qualquer tipo de música. Então minhas lembranças são as melhores possíveis e poder voltar a tocar no Capibaribe in Rock vai ser muito prazeroso. Estamos ansiosos para apresentação.

    E sobre material autoral, vocês têm pretensão de compor algo?

   Eduardo Souza: A banda é bem recente, formamos ela no começo de setembro, mas mesmo com pouco tempo de banda já conseguimos compor algumas músicas que já estão incluídas no repertório. Vamos fazer nossas versões de alguns clássiscos do surf, mas a ideia é ir compondo cada vez mais para que possamos entrar em estúdio para gravar o nosso álbum de estréia.

  O que o público pode esperar da apresentação dos Aquamans no Capibaribe in Rock?

   Eduardo Souza: Nós nunca fomos de pensar muito em como seria os shows, deixamos a música fluir e tomar conta de nós. Então o público do Capibaribe in Rock pode esperar um show bem pra cima, com um surf bem psicodélico.


    Os Aquamans são: Eduardo Souza (bateria), Felipe Andrade (baixo), Pedro Igor (guitarra) e Bruno Luiz (teclado). A banda se apresenta no sábado, dia 15 de novembro, no Capibaribe In Rock 2014.


Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Os Aquamans

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capibaribe in Rock 2014 - 17ª Edição



Programação oficial:

Sábado, 15/11
21:00hs - Os Aquamans (Surubim)
22:00hs - Diablo Angel (Caruaru)
23:00hs - Hindoslem (Áustria)
00:00hs - Le Freak (SCCapibaribe)

Domingo, 16/11
10:00hs - Palestra sobre ações ambientais no município, plantio de mudas, fórum de debates
Ministrantes: Pablo Ricardo, gestor de meio-ambiente do município;
Bruno Bezerra, Secretário de Desenvolvimento; e
Prof. Arnaldo Viturino

12:00hs - Feijoada da UESCC

18:00hs - TR7 (SCCapibaribe)
19:00hs - Kamono (SCCapibaribe)
20:00hs - Calibre (SCCapibaribe)
21:00hs - Orquídeas Francesas (Campina Grande/PB)
22:00hs - Plano Base (SCCapibaribe)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Entrevista: TR7 (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A TR7 é estreante no Capibaribe in Rock. Formada em julho deste ano, a banda possui um repertório cheio de clássicos do rock nacional e já foi bastante elogiada por toda a cidade. Os caras prometem mostrar para que vieram com um show preparado para conquistar o público de Santa Cruz e região com a nata do rock made in Brasil. Conversamos com o baixista Alex Felipe e ele nos contou um pouco mais sobre a banda e suas expectativas para o Capibaribe in Rock 2014. 


Como e quando surgiu a banda?

Alex Felipe: A TR7 surgiu em julho, quando André Luis (Guitarra), Willam Silva (Guitarra e voz) e eu (Baixo) decidimos nos juntar e montar uma nova banda com o fim da DC42, que foi nossa primeira banda. Juntaram-se a nós, Clleybson Martins (voz) e Otácio Pereira (Bateria). Com essa formação, fizemos alguns shows no Canal Tribo Livre, e nos eventos Cultura de Paz e Legend of Heroes. Hoje a banda conta com Willam Silva (Guitarra e voz), André Luis (Guitarra), Marllon Douglas (Bateria) e eu, Alex Felipe (Baixo).

Sabemos que o repertório de vocês inclui muitos clássicos do rock nacional. Mas quais as principais influências da TR7?

Alex Felipe: Somos apaixonados pelo rock nacional, desde bandas dos anos 60 até bandas mais recentes. Temos como grandes influências Os Mutantes, Erasmo Carlos, Raul Seixas, Titãs, Paralamas do Sucesso, Cachorro Grande, Bidê ou Balde, Kamono, e uma porrada de coisas.

Vocês possuem algum material próprio?

Alex Felipe: Sim. Temos um material bem massa, que já estamos apresentando nos nossos shows. A galera vem curtindo e tal, está sendo bem legal. Pretendemos gravar algumas dessas musicas em breve e divulgarmos ai pra galera.

O que você tem a dizer sobre o Capibaribe In Rock?

Alex Felipe: Cara, é um grande evento. Acho que todas as bandas de Santa Cruz e região sonham em tocar no CIR e comigo não é diferente. Comecei a acompanhar o evento em 2008 e desde então me imaginava ali em cima do palco, fazendo um som pra galera e tal. Daí que esse ano finalmente realizarei esse sonho.

Quais as expectativas da banda para a primeira participação no festival?

Alex Felipe: Ficamos extremamente felizes e satisfeitos com o trabalho que cada um vem desenvolvendo. As expectativas são as melhores possíveis e, sem duvidas, será muito importante para cada integrante que inicia agora. Pra finalizar, uma frase do grande Sérgio Dias: “Venham vós ao nosso reino aqui no Brasil. Rock n'roll, paz e amor aqui no Brasil...” Que o dia 16 de novembro chegue logo! (Risos).


A TR7 se apresenta no Capibaribe In Rock 2014 no domingo, dia 16 de novembro. TÁ CHEGANDO!


Entrevista: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: TR7

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Entrevista: Le Freak (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

Formada em meados de 2004, a Le Freak fez sua estreia em uma das famosas calouradas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Depois de algumas formações, a banda finalmente se estabilizou com a entrada do atual baterista José Renato. O blog falou com o baterista e o guitarrista Charles Marcolino sobre o que tá rolando com a Le Freak e os preparativos para o Capibaribe In Rock 2014.


A Le Freak tem grande influência de bandas da cena alternativa de Seattle, principalmente o Dinosaur Jr. Como vocês se relacionam com o grunge? É unanimidade na banda ou cada um tem suas próprias influências?

Charles Marcolino: Cada um tem uma influência diferente e antes dessa formação era até difícil sintetizarmos essas influências diferentes em nossas músicas. Com a formação atual, embora cada um tenha uma influência diferente, todos gostamos e muito do som alternativo de Seattle e conseguimos colocar isso nas composições atuais, dando pinceladas nas influências de cada um.

A banda já tem consideráveis 10 anos de carreira. Qual o melhor show que a Le Freak fez na opinião de vocês?

José Renato: Essa pra mim é difícil de responder pois a cada show vai ficando melhor, a banda entrosando e o sentimento de família composta de amigos aumenta. Mas a verdade é que o show da Macuca esse ano foi espetacular.

Charles Marcolino: Bem, acho que cada show tem sua historia...pode acontecer de o show não ter sido muito bom tecnicamente mas nos divertimos muito e vice versa. O show da macuca uniu bem diversão e execução.

Ano passado vocês fizeram um cover de Dead Leaves and the Dirty ground (White Stripes) que arrancou muitos elogios do público presente. Esse ano vocês estão preparando algo especial para o show da le Freak no Capibaribe in Rock?

Charles Marcolino: Foi a estreia de Alberto (guitarra solo) como vocalista (risos). Só falta Lamarques (baixo) agora! Mas sim, estamos conversando sobre o set do CIR 2014. 

E em relação a cena da cidade no geral, como vocês acham que está o movimento de bandas alternativas em Santa Cruz?

José Renato: Em âmbito crescente. Muita gente nova melhorando a cena que estava se desfazendo aos poucos. Muitas bandas como Kamono, TR7, Plano Base, Nova fase, Philipe Nunes, Virgínia Guimarães e tantos outros que estão fortalecendo o movimento. Além das velhas guerreiras como Calibre e Le Freak.

Charles Marcolino: Sim... além da Le Freak e Calibre que tem sua história e abriram caminho pra esse espaço que temos hoje, muitas bandas tem surgindo e o mais legal é que elas vem despertando a consciência de produzir as próprias canções como nós fazemos.

E quais as expectativas pro festival esse ano? 

José Renato: As melhores! Bandas muito boas, o público vem aumentando a cada edição do festival, e esse ano não vai ser diferente.


Além do baterista José Renato e do guitarrista Charles Marcolino, a Le Freak tem em sua formação atual o baixista Lamarques Gonçalves, o guitarrista Alberto Moura e o vocalista Betto Skin (também criador e organizador do Capibaribe In Rock).

Além da já tradicional apresentação no festival, a banda se prepara para lançar ainda em dezembro desse ano um EP homônimo, com 3 faixas. O vídeo a seguir é da épica apresentação dos caras na edição de 2012 do CIR.


A Le Freak se apresenta no sábado, dia 15 de novembro no Capibaribe In Rock 2014.


Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Entrevista: Plano Base (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A banda Plano Base já é bastante conhecida no cenário musical de Santa Cruz do Capibaribe, desde o surgimento do antigo Boteco 29. Com um repertório que inclui covers e músicas autorais, a banda vem conquistando muitos admiradores por onde passa. Entrevistamos o vocalista Paulinho Coelho, que nos contou um pouco mais sobre a banda e a expectativa de tocar pela primeira vez no Capibaribe in Rock.


Quando surgiu a Plano Base?

Paulinho: A Plano Base data de meados de abril de 2011. Nós tocávamos ás vezes em eventos pequenos e por lazer, mas não tínhamos um baterista. Então, eu comecei a estudar na ASCES e ía no ônibus junto com o Edson Filippe. Ele nos conhecia, comentou que tocava bateria e nos juntamos! Éramos eu (Paulinho Coelho), Davi Procópio (baixo), Edson Filippe (bateria), Vítor Lucena e Marcelo Aleixo (guitarras).

Começamos a “aparecer” na cena da cidade no advento do Boteco 29, onde tocávamos quase todas as noites de sábado. Junto com o fim do Boteco, em 2012, chegou ao fim também a parceria com Marcelo, hoje na Calibre. O cara não se sentia confortável com o estilo que fazíamos e saiu.
Para substituir Marcelo, no fim de 2012, convidamos Júlio Santos (Novato), que deu uma toque performático à banda.

A Banda já tocou fora de Santa Cruz?                                                                                

Paulinho: Desde 2011, já tocamos, além de Santa Cruz, em Caruaru (Cachaçaria, Budega Pub, Circo 93, ASCES), no Marco Zero em Recife, em Toritama, em Taquaritinga do Norte (Festa das Dálias, festa pronta e Badabarreira), em Campina Grande - PB, Serra Branca - PB, São Caetano e num bocado de lugar que não lembro agora (risos).

Quais as principais influências da banda?

Paulinho: Cada um tem um estilo bem diferente. Isso fez uma misturada massa. Eu tenho um estilo mais das antigas: punk, heavy metal e hard rock dos anos 70 e 80. Davi, já curte umas paradas mais atuais e blues, música regional nordestina, tal... Vítor, gosta de música eletrônica e hard Rock, Filippe, é fã do Pop Rock nacional, e o Novato... Bom, o Novato deixou de ser crente a pouco tempo e ainda tá aprendendo a viver (risos).

Qual o lema da banda?

Paulinho: Sempre tratamos tudo por igual. A opinião de todos tem o mesmo peso, a grana (ou falta dela) é dividida igualmente. Somos coletivistas natos. Mas lema, lema mesmo, é: “SOMOS OS DONOS DO BAR! HEY”.

Já tocaram outras vezes no Capibaribe in Rock?

Paulinho: Eu já toquei uma vez com a Los Crânios. Davi duas, uma com a Los Crânios, outra com a Horda. Os demais não! Será nossa primeira vez como Plano Base, por isso, sejam carinhosos.

Qual a expectativa de toda a banda para o evento?

Paulinho: Cara, sempre almejamos, como ápice na cena da cidade, a Festa de Setembro e o Capibaribe. A festa de setembro foi a melhor experiência que já tivemos, esperamos que o Capibaribe supere. É o tipo de ambiente que mais nos agrada. Underground, rock n’ roll, libertário!

É isso! Let’s Rock!


A Plano Base sem apresenta no Capibaribe in Rock no domingo, dia 16 de novembro. Para dar uma sacada no som dos caras, basta acessar a page deles no Palco MP3 (http://palcomp3.com/planobasescc/oh-moca/).

Entrevista: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: Plano Base

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entrevista: Orquídeas Francesas (Campina Grande - PB)

Surgida em 2005 em Campina Grande, Paraíba, a Orquídeas Francesas é referência quando o assunto é gothic rock no Brasil. Recentemente os caras lançaram três singles que vão fazer parte do primeiro álbum da banda, com previsão de lançamento para novembro de 2014. O blog chamou o vocalista Michael Bruno e o baixista Diogo Almeida para falar um pouco sobre as novidades da banda ainda para esse ano e, claro, sobre o debut no Capibaribe In Rock.


Como a Orquídeas Francesas surgiu?

Michael Bruno: Em 2004, quando voltei a morar na minha cidade natal (Campina Grande) tive a ideia de montar o primeiro projeto voltado para a música obscura com referências de bandas do final dos anos 70 e década de 80, assim que consegui reunir uma galera, sugeri três nomes para batizar o projeto, que eram “Underpop 80´s”, “Gotham”, e “Orquídeas Francesas”, que é uma referência a um incenso homônimo. Este último foi o nome escolhido. 

Vocês costumam chamar o estilo da banda de gothic-rock, mas vocês também têm uma sonoridade que bebe direto da fonte do post-punk. Quais as maiores influências da OF?

Michael Bruno: Particularmente, minhas maiores influências são bandas como The Cure, Bauhaus, The Sisters Of Mercy, Joy Division, The Mission, The Smiths, Depeche Mode; e artistas nacionais, como o Zé Ramalho e o poeta Augusto dos Anjos.


Vocês são de Campina Grande, conhecida por ter o maior São João do mundo. Como é ser uma banda gótica do interior do nordeste, onde o forró é supervalorizado?

Michael Bruno:Eu fundei este projeto porque justamente as pessoas são abertas para outras sonoridades. Sabemos que existe o meio alternativo presente em todos os lugares do mundo, aqui também não é diferente, existe uma grande cena que se movimenta e se articula para conquistar seu devido espaço. Sabemos das dificuldades, mas isso não altera o nosso enredo.Quanto ao São João, se um dia você vier em Campina Grande, vai notar que é uma cidade que é muito à frente do seu tempo, em virtude disso as tradições e festas populares são deixadas de lado cada vez mais, ano após ano.

Diogo Almeida: A questão de ser uma banda gótica no interior do nordeste também é interessante. Somos a primeira banda do estilo na Paraíba, e uma das primeiras na região. Na época em que a OF surgiu, outras bandas em outros estados também apareceram, e é curioso notar que as mais conhecidas do Brasil figuram como sendo de estados nordestinos. Só em Campina Grande existem duas bandas góticas atuando, e uma terceira existiu por pouco tempo. No Ceará e em Recife também existe uma cultura gótica muito forte e mais ainda existe em Salvador, berço do axé e do carnaval, onde existem várias bandas neste estilo. Talvez a invasão holandesa por estas bandas na época da colonização pode ter contribuído para este despertar inconsciente destes estilos tradicionalmente europeus (risos). 

O Mick Mercer, um dos maiores jornalistas de gothic-rock do mundo (que inclusive já foi fotógrafo do Blondie) constantemente discoteca as músicas da OF no programa de rádio online dele em Londres. Vocês já tiveram algum contato com o Mick?

Michael Bruno:Para nós é uma honra poder fazer parte da playlist dele, tivemos contato através do Facebook, quando dei a ideia de mandar os três singles que gravamos recentemente. Seria uma honra maior se tivéssemos ele como fotógrafo oficial da banda (rsrs) mas temos uma boa equipe de divulgação, a começar pelo próprio baixista da banda que é jornalista.

Diogo Almeida: o Michael descobriu que o Mick tinha uma rádio online e mandou para ele nosso single ‘Escuridão’. De prontidão, o Mick ouviu e para nossa surpresa, no domingo da mesma semana foi discotecada na playlist dele. Daí Michael falou comigo e eu me encarreguei de fazer o contato mais próximo com o Mercer através de mensagens privadas. Mandei pra ele um release sobre a banda, conversamos e ficou acordado que mandaríamos os outros singles. Daí conforme lançamos, ele discotecava, e antes de tocar a música, ele faz um comentário sobre a opinião dele a respeito dela, sempre positivos! Curioso também notar que em 2011 o Mick já havia ouvido duas músicas nossas em uma coletânea lançada com músicas de bandas brasileiras de gothic rock. Ele também fez um review curto sobre estas músicas e publicou em um de seus fanzines em pdf que ele disponibiliza em seu site.

Afinal, de onde surgiu o nome “Orquídeas Francesas”?

Michael Bruno:De um incenso homônimo, que hoje em dia não se encontra em nenhum lugar.

 Além do EP “GlamGothic-Rock”, de 2007, vocês lançaram três singles esse ano que vão fazer parte do primeiro album da banda. Como está sendo o processo de confecção desse material? O que os fãs podem esperar dele?

Michael Bruno: Esses três singles são uma prévia de como vai ser o nosso primeiro álbum intitulado de “Kamikaze”, com músicas sombrias, mas que tentam passar uma mensagem real, até porque vários temas estão embasados nas letras da OF.No momento estamos finalizando as músicas, tão logo sejam finalizadas, correremos atrás de patrocínios para confeccionar a parte gráfica e passar para  a mídia física. Esse álbum vai ser um estouro, todos irão se identificar com pelo menos uma das músicas.

E essa história do nome da banda aparecer num livro didático de circulação nacional é verdade mesmo? Como vocês ficaram sabendo?

Michael Bruno: Foi apenas uma citação em um livro do ensino médio, na parte da literatura, onde se lia “o Gótico e a música”. Mas por ter circulação nacional, já desperta interesse em outras pessoas conhecerem o nosso som.

Diogo Almeida: Ficamos sabendo inicialmente por conta de um aluno que tem o livro e que é fã da banda. Ele fotografou e encaminhou pra gente. É um livro do segundo ano do ensino médio, adotado pelo MEC desde 2012 até 2014. Foi uma surpresa legal, principalmente por saber que das bandas citadas somos uma das únicas que estamos funcionando firme e forte. Pessoalmente, depois que fiquei sabendo disso fui até um sebo atrás de conseguir a minha cópia do livro.

Qual a expectativa para o Capibaribe In Rock 2014? Já conheciam o festival?

Michael Bruno: A expectativa é sempre a melhor possível, esperamos que o público goste de nossas músicas, espero poder fazer novas amizades, estamos ai pra isso. O festival eu conheci através de postagens de amigos que foram nas edições passadas, espero poder ir outras vezes como expectador.

Diogo Almeida: Não conhecia o festival nem a cidade pessoalmente e vai ser um prazer conhecer. A expectativa é de que vai ser muito foda. A galera vai poder conhecer nosso trabalho e temos certeza que o público também vai nos contagiar no palco e que todo o evento será um belíssimo espetáculo.


Pra conhecer mais um pouco do trabalho da Orquídeas Francesas, é só dar uma passada no site dos caras (http://www.orquideasfrancesas.com/) ou o soundcloud (https://soundcloud.com/orquideasfrancesas). A banda de Campina Grande se apresenta no domingo, dia 16 de novembro, no Capibaribe In Rock 2014.

Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Arthur Miná