segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Entrevista: Le Freak (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

Formada em meados de 2004, a Le Freak fez sua estreia em uma das famosas calouradas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Depois de algumas formações, a banda finalmente se estabilizou com a entrada do atual baterista José Renato. O blog falou com o baterista e o guitarrista Charles Marcolino sobre o que tá rolando com a Le Freak e os preparativos para o Capibaribe In Rock 2014.


A Le Freak tem grande influência de bandas da cena alternativa de Seattle, principalmente o Dinosaur Jr. Como vocês se relacionam com o grunge? É unanimidade na banda ou cada um tem suas próprias influências?

Charles Marcolino: Cada um tem uma influência diferente e antes dessa formação era até difícil sintetizarmos essas influências diferentes em nossas músicas. Com a formação atual, embora cada um tenha uma influência diferente, todos gostamos e muito do som alternativo de Seattle e conseguimos colocar isso nas composições atuais, dando pinceladas nas influências de cada um.

A banda já tem consideráveis 10 anos de carreira. Qual o melhor show que a Le Freak fez na opinião de vocês?

José Renato: Essa pra mim é difícil de responder pois a cada show vai ficando melhor, a banda entrosando e o sentimento de família composta de amigos aumenta. Mas a verdade é que o show da Macuca esse ano foi espetacular.

Charles Marcolino: Bem, acho que cada show tem sua historia...pode acontecer de o show não ter sido muito bom tecnicamente mas nos divertimos muito e vice versa. O show da macuca uniu bem diversão e execução.

Ano passado vocês fizeram um cover de Dead Leaves and the Dirty ground (White Stripes) que arrancou muitos elogios do público presente. Esse ano vocês estão preparando algo especial para o show da le Freak no Capibaribe in Rock?

Charles Marcolino: Foi a estreia de Alberto (guitarra solo) como vocalista (risos). Só falta Lamarques (baixo) agora! Mas sim, estamos conversando sobre o set do CIR 2014. 

E em relação a cena da cidade no geral, como vocês acham que está o movimento de bandas alternativas em Santa Cruz?

José Renato: Em âmbito crescente. Muita gente nova melhorando a cena que estava se desfazendo aos poucos. Muitas bandas como Kamono, TR7, Plano Base, Nova fase, Philipe Nunes, Virgínia Guimarães e tantos outros que estão fortalecendo o movimento. Além das velhas guerreiras como Calibre e Le Freak.

Charles Marcolino: Sim... além da Le Freak e Calibre que tem sua história e abriram caminho pra esse espaço que temos hoje, muitas bandas tem surgindo e o mais legal é que elas vem despertando a consciência de produzir as próprias canções como nós fazemos.

E quais as expectativas pro festival esse ano? 

José Renato: As melhores! Bandas muito boas, o público vem aumentando a cada edição do festival, e esse ano não vai ser diferente.


Além do baterista José Renato e do guitarrista Charles Marcolino, a Le Freak tem em sua formação atual o baixista Lamarques Gonçalves, o guitarrista Alberto Moura e o vocalista Betto Skin (também criador e organizador do Capibaribe In Rock).

Além da já tradicional apresentação no festival, a banda se prepara para lançar ainda em dezembro desse ano um EP homônimo, com 3 faixas. O vídeo a seguir é da épica apresentação dos caras na edição de 2012 do CIR.


A Le Freak se apresenta no sábado, dia 15 de novembro no Capibaribe In Rock 2014.


Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Entrevista: Plano Base (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A banda Plano Base já é bastante conhecida no cenário musical de Santa Cruz do Capibaribe, desde o surgimento do antigo Boteco 29. Com um repertório que inclui covers e músicas autorais, a banda vem conquistando muitos admiradores por onde passa. Entrevistamos o vocalista Paulinho Coelho, que nos contou um pouco mais sobre a banda e a expectativa de tocar pela primeira vez no Capibaribe in Rock.


Quando surgiu a Plano Base?

Paulinho: A Plano Base data de meados de abril de 2011. Nós tocávamos ás vezes em eventos pequenos e por lazer, mas não tínhamos um baterista. Então, eu comecei a estudar na ASCES e ía no ônibus junto com o Edson Filippe. Ele nos conhecia, comentou que tocava bateria e nos juntamos! Éramos eu (Paulinho Coelho), Davi Procópio (baixo), Edson Filippe (bateria), Vítor Lucena e Marcelo Aleixo (guitarras).

Começamos a “aparecer” na cena da cidade no advento do Boteco 29, onde tocávamos quase todas as noites de sábado. Junto com o fim do Boteco, em 2012, chegou ao fim também a parceria com Marcelo, hoje na Calibre. O cara não se sentia confortável com o estilo que fazíamos e saiu.
Para substituir Marcelo, no fim de 2012, convidamos Júlio Santos (Novato), que deu uma toque performático à banda.

A Banda já tocou fora de Santa Cruz?                                                                                

Paulinho: Desde 2011, já tocamos, além de Santa Cruz, em Caruaru (Cachaçaria, Budega Pub, Circo 93, ASCES), no Marco Zero em Recife, em Toritama, em Taquaritinga do Norte (Festa das Dálias, festa pronta e Badabarreira), em Campina Grande - PB, Serra Branca - PB, São Caetano e num bocado de lugar que não lembro agora (risos).

Quais as principais influências da banda?

Paulinho: Cada um tem um estilo bem diferente. Isso fez uma misturada massa. Eu tenho um estilo mais das antigas: punk, heavy metal e hard rock dos anos 70 e 80. Davi, já curte umas paradas mais atuais e blues, música regional nordestina, tal... Vítor, gosta de música eletrônica e hard Rock, Filippe, é fã do Pop Rock nacional, e o Novato... Bom, o Novato deixou de ser crente a pouco tempo e ainda tá aprendendo a viver (risos).

Qual o lema da banda?

Paulinho: Sempre tratamos tudo por igual. A opinião de todos tem o mesmo peso, a grana (ou falta dela) é dividida igualmente. Somos coletivistas natos. Mas lema, lema mesmo, é: “SOMOS OS DONOS DO BAR! HEY”.

Já tocaram outras vezes no Capibaribe in Rock?

Paulinho: Eu já toquei uma vez com a Los Crânios. Davi duas, uma com a Los Crânios, outra com a Horda. Os demais não! Será nossa primeira vez como Plano Base, por isso, sejam carinhosos.

Qual a expectativa de toda a banda para o evento?

Paulinho: Cara, sempre almejamos, como ápice na cena da cidade, a Festa de Setembro e o Capibaribe. A festa de setembro foi a melhor experiência que já tivemos, esperamos que o Capibaribe supere. É o tipo de ambiente que mais nos agrada. Underground, rock n’ roll, libertário!

É isso! Let’s Rock!


A Plano Base sem apresenta no Capibaribe in Rock no domingo, dia 16 de novembro. Para dar uma sacada no som dos caras, basta acessar a page deles no Palco MP3 (http://palcomp3.com/planobasescc/oh-moca/).

Entrevista: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: Plano Base

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Entrevista: Orquídeas Francesas (Campina Grande - PB)

Surgida em 2005 em Campina Grande, Paraíba, a Orquídeas Francesas é referência quando o assunto é gothic rock no Brasil. Recentemente os caras lançaram três singles que vão fazer parte do primeiro álbum da banda, com previsão de lançamento para novembro de 2014. O blog chamou o vocalista Michael Bruno e o baixista Diogo Almeida para falar um pouco sobre as novidades da banda ainda para esse ano e, claro, sobre o debut no Capibaribe In Rock.


Como a Orquídeas Francesas surgiu?

Michael Bruno: Em 2004, quando voltei a morar na minha cidade natal (Campina Grande) tive a ideia de montar o primeiro projeto voltado para a música obscura com referências de bandas do final dos anos 70 e década de 80, assim que consegui reunir uma galera, sugeri três nomes para batizar o projeto, que eram “Underpop 80´s”, “Gotham”, e “Orquídeas Francesas”, que é uma referência a um incenso homônimo. Este último foi o nome escolhido. 

Vocês costumam chamar o estilo da banda de gothic-rock, mas vocês também têm uma sonoridade que bebe direto da fonte do post-punk. Quais as maiores influências da OF?

Michael Bruno: Particularmente, minhas maiores influências são bandas como The Cure, Bauhaus, The Sisters Of Mercy, Joy Division, The Mission, The Smiths, Depeche Mode; e artistas nacionais, como o Zé Ramalho e o poeta Augusto dos Anjos.


Vocês são de Campina Grande, conhecida por ter o maior São João do mundo. Como é ser uma banda gótica do interior do nordeste, onde o forró é supervalorizado?

Michael Bruno:Eu fundei este projeto porque justamente as pessoas são abertas para outras sonoridades. Sabemos que existe o meio alternativo presente em todos os lugares do mundo, aqui também não é diferente, existe uma grande cena que se movimenta e se articula para conquistar seu devido espaço. Sabemos das dificuldades, mas isso não altera o nosso enredo.Quanto ao São João, se um dia você vier em Campina Grande, vai notar que é uma cidade que é muito à frente do seu tempo, em virtude disso as tradições e festas populares são deixadas de lado cada vez mais, ano após ano.

Diogo Almeida: A questão de ser uma banda gótica no interior do nordeste também é interessante. Somos a primeira banda do estilo na Paraíba, e uma das primeiras na região. Na época em que a OF surgiu, outras bandas em outros estados também apareceram, e é curioso notar que as mais conhecidas do Brasil figuram como sendo de estados nordestinos. Só em Campina Grande existem duas bandas góticas atuando, e uma terceira existiu por pouco tempo. No Ceará e em Recife também existe uma cultura gótica muito forte e mais ainda existe em Salvador, berço do axé e do carnaval, onde existem várias bandas neste estilo. Talvez a invasão holandesa por estas bandas na época da colonização pode ter contribuído para este despertar inconsciente destes estilos tradicionalmente europeus (risos). 

O Mick Mercer, um dos maiores jornalistas de gothic-rock do mundo (que inclusive já foi fotógrafo do Blondie) constantemente discoteca as músicas da OF no programa de rádio online dele em Londres. Vocês já tiveram algum contato com o Mick?

Michael Bruno:Para nós é uma honra poder fazer parte da playlist dele, tivemos contato através do Facebook, quando dei a ideia de mandar os três singles que gravamos recentemente. Seria uma honra maior se tivéssemos ele como fotógrafo oficial da banda (rsrs) mas temos uma boa equipe de divulgação, a começar pelo próprio baixista da banda que é jornalista.

Diogo Almeida: o Michael descobriu que o Mick tinha uma rádio online e mandou para ele nosso single ‘Escuridão’. De prontidão, o Mick ouviu e para nossa surpresa, no domingo da mesma semana foi discotecada na playlist dele. Daí Michael falou comigo e eu me encarreguei de fazer o contato mais próximo com o Mercer através de mensagens privadas. Mandei pra ele um release sobre a banda, conversamos e ficou acordado que mandaríamos os outros singles. Daí conforme lançamos, ele discotecava, e antes de tocar a música, ele faz um comentário sobre a opinião dele a respeito dela, sempre positivos! Curioso também notar que em 2011 o Mick já havia ouvido duas músicas nossas em uma coletânea lançada com músicas de bandas brasileiras de gothic rock. Ele também fez um review curto sobre estas músicas e publicou em um de seus fanzines em pdf que ele disponibiliza em seu site.

Afinal, de onde surgiu o nome “Orquídeas Francesas”?

Michael Bruno:De um incenso homônimo, que hoje em dia não se encontra em nenhum lugar.

 Além do EP “GlamGothic-Rock”, de 2007, vocês lançaram três singles esse ano que vão fazer parte do primeiro album da banda. Como está sendo o processo de confecção desse material? O que os fãs podem esperar dele?

Michael Bruno: Esses três singles são uma prévia de como vai ser o nosso primeiro álbum intitulado de “Kamikaze”, com músicas sombrias, mas que tentam passar uma mensagem real, até porque vários temas estão embasados nas letras da OF.No momento estamos finalizando as músicas, tão logo sejam finalizadas, correremos atrás de patrocínios para confeccionar a parte gráfica e passar para  a mídia física. Esse álbum vai ser um estouro, todos irão se identificar com pelo menos uma das músicas.

E essa história do nome da banda aparecer num livro didático de circulação nacional é verdade mesmo? Como vocês ficaram sabendo?

Michael Bruno: Foi apenas uma citação em um livro do ensino médio, na parte da literatura, onde se lia “o Gótico e a música”. Mas por ter circulação nacional, já desperta interesse em outras pessoas conhecerem o nosso som.

Diogo Almeida: Ficamos sabendo inicialmente por conta de um aluno que tem o livro e que é fã da banda. Ele fotografou e encaminhou pra gente. É um livro do segundo ano do ensino médio, adotado pelo MEC desde 2012 até 2014. Foi uma surpresa legal, principalmente por saber que das bandas citadas somos uma das únicas que estamos funcionando firme e forte. Pessoalmente, depois que fiquei sabendo disso fui até um sebo atrás de conseguir a minha cópia do livro.

Qual a expectativa para o Capibaribe In Rock 2014? Já conheciam o festival?

Michael Bruno: A expectativa é sempre a melhor possível, esperamos que o público goste de nossas músicas, espero poder fazer novas amizades, estamos ai pra isso. O festival eu conheci através de postagens de amigos que foram nas edições passadas, espero poder ir outras vezes como expectador.

Diogo Almeida: Não conhecia o festival nem a cidade pessoalmente e vai ser um prazer conhecer. A expectativa é de que vai ser muito foda. A galera vai poder conhecer nosso trabalho e temos certeza que o público também vai nos contagiar no palco e que todo o evento será um belíssimo espetáculo.


Pra conhecer mais um pouco do trabalho da Orquídeas Francesas, é só dar uma passada no site dos caras (http://www.orquideasfrancesas.com/) ou o soundcloud (https://soundcloud.com/orquideasfrancesas). A banda de Campina Grande se apresenta no domingo, dia 16 de novembro, no Capibaribe In Rock 2014.

Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Arthur Miná

Capibaribe in Rock - Compilado, Vol. 3 (2014)

Em breve!!!!

Artistas participantes:

Hindoslem
Piloto Automático
Panela do Diabo
River Raid
Panda Eyes
The Haze
Sonicbirds
Dentes Azuis....


Capibaribe in Rock - Compilado, Vol. 2 (2010)

Aqui está o segundo volume lançado em 2010.

Em breve, resenha das bandas.






Link: http://www.4shared.com/rar/AKCTRorGce/Capibaribe_in_Rock_-_Compilado.html

Capibaribe in Rock - Compilado, Vol. 1 (2007)

Pessoal, nesse link vocês podem baixar o primeiro volume da coletânea do festival lançado em 2007.

Em breve, faço a resenha das bandas.




Link: http://www.4shared.com/rar/y8QDTeDace/Capibaribe_in_Rock_-_Compilado.html