quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Entrevista: Hindoslem (Áustria)

Vindo pela segunda vez ao Capibaribe In Rock, a banda austríaca Hindoslem está animada para pisar novamente em solo Pernambucano. A banda, que também vai fazer shows em Caruaru e Surubim, lançou recentemente um álbum intitulado "The Boys Might be Old". Batemos um papo com o baixista Christopher Roither sobre a turnê brasileira, clipe novo e a sensação de rever os fãs no festival.




Depois de um show muito elogiado na edição do festival de 2012, o que a banda achou do evento?

Christopher: O Festival Capibaribe in Rock 2012 foi muito prazeroso pra nós. Santa Cruz de fato é um lugar hard rock! Conhecemos pessoas maravilhosas e mal podemos esperar para estarmos aí novamente!

Vocês chamaram a turnê brasileira de "The Return of the Bunda" (algo como "O retorno da bunda"). De quem foi a brilhante ideia? (risos)

Christopher: Upppsss! Isso foi um engano! Esse nome foi mais ou menos uma música de trabalho. Pra ser honesto, nós não conseguimos aprender Português e há algumas palavras que ficam nas nossas mentes como “Boa Tarde”, “Olá”, e “Bunda”. Quando falamos “Bunda” nossos amigos brasileiros começam a rir, então acho que significa algo legal! O nome verdadeiro da Turnê 2014 no Brasil é “The Story of an Airship”.

Você escuta alguma banda brasileira? O que você acha da música brasileira?

Christopher: Com certeza conhecemos algumas músicas brasileiras. Nós conhecemos durante um curso de dança de Bossa Nova. Quem sabe talvez nós coloquemos “Garota de Ipanema” no setlist! (risos). Mas sério, agora nossa banda Brasileira favorita é a Hanagorik. Eles arrasaram na Europa. Tivemos ótimos momentos com eles. Mas nós iremos tocar com ótimas bandas este ano. Estamos ansiosos para vê-los no palco!

A banda lançou em seu canal no YouTube há alguns dias, o vídeo para a canção "Rhinozerus vs Zeppelin". Conte-nos um pouco sobre a gravação do vídeo.

Christopher: "Rhinozerus vs Zeppelin" é uma música do nosso mais novo álbum chamado “The Boys Might be Old”. Depois de um show em Dunaujvaros, uma cidade na Hungria, decidimos gravar um vídeo bastante autêntico na frente de um maravilhoso cenário com centenas de velhas garagens. Então chamamos uns caras que usam essas garagens como locais de ensaio. Atualmente não temos alguém pra filmagens, só usamos um apoio de câmera apenas. Fixamos a câmera em dois locais e tocamos a música. A propósito, amamos Dunaujevaros como amamos Santa Cruz.

É a primeira turnê da banda ou vocês já viajaram pelo interior do Brasil outras vezes?

Christopher: Em 2012 tocamos alguns shows em Caruaru e Surubim. Em cada um tivemos ótimos momentos com amigos. É por isso que voltamos agora! Por que a galera do Brasil arrasa!

O que podemos esperar de Hindoslem para o show deste ano?

Christopher: Esperem o inesperado. Estamos maiores, mais fortes e mais rápidos desta vez. Estejam lá!


A Hindoslem se apresenta no sábado, dia 15 de novembro no Capibaribe In Rock 2014. 

Entrevista: Jorge Luis e Priscila Moura

Tradução: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: Hindoslem

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Entrevista: Calibre 765 (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A Calibre 765 é uma das bandas que figuram no hall de propulsoras da cena underground de Santa Cruz do Capibaribe. Com letras que costumam refletir sobre realidade social, a Calibre é bastante respeitada e admirada por músicos e público da cidade. O blog conversou com o guitarrista Marcos Mota, que nos falou sobre a cena atual de Santa Cruz, entrada de novos membros e, como não podia ser diferente, o show no Capibaribe In Rock 2014.


Como a Calibre surgiu?

Marcos Mota: Calibre surgiu nos ensaios das bandas Carcinose e Le Freak (na época Projetil Lisérgico). Foram nesses ensaios que encontrei Carlinhos e Pedrão, que estavam com a ideia de formar uma nova banda.  Então, chamamos Wellinton (se escreve assim mesmo) para tocar baixo e Cari para a bateria, logo depois Fábio Xavier assumiu as guitarras ao meu lado. Essa, então, foi por muito tempo a formação da Calibre 765. Depois de algumas idas e vindas, a formação atual da Calibre conta com: Carlinhos (voz), Marcelo Aleixo e eu (guitarras), Lamarques (baixo) e Wagner (Bateria).


 As composições de vocês sempre apresentam temas sociais. Qual a relação da banda com temas desse tipo?

Marcos Mota: Nunca foi uma ideia nossa, na verdade nunca nos importamos muito em seguir um conceito ou uma determinada linha de raciocínio em relação a temas de letras e de composições. Procuramos desde sempre sermos honestos, inclusive com nos mesmos. Por isso escrevemos temas sobre o qual vivenciamos, falamos de violência, morte, miséria... Mas também falamos de diversão, sexo, amor... Enxergamos a vida de forma ampla e expressamos isso nas nossas músicas.

O som de vocês é conhecido também por ser um dos primeiros da cidade a ser autoral. Como é o processo de composição da banda?

Marcos Mota: Sempre procuramos tocar nossas próprias músicas. Acredito que nunca tocamos mais de três covers em um show. Sempre demos prioridade as nossas composições e o publico que gosta e frequenta os shows da Calibre 765 não vai lá para ouvir cover. Eles não ficam lá embaixo pedindo pra tocar Raul ou Legião... Eles entenderam nossa ideia e apoiaram. Isso nos deu a liberdade e de certa forma segurança para seguir esse caminho. E também sempre procuramos colocar no repertório musicas de compositores locais como Alberto Grilo, O Velho Nau, Sandova Cabeleira, Projetil Lisérgico entre outros.

A calibre é uma das bandas seminais da cena alternativa de Santa Cruz do Capibaribe. Como vocês avaliam a cena da cidade atualmente, em contraste ao que era quando a banda começou? Muita coisa mudou?

Marcos Mota: Estamos na era da informação e como todos sabem, isso às vezes atrapalha mais que ajuda. Quando iniciamos, nossa intenção era unicamente nos divertir. Havia poucos recursos, poucos meios de divulgação; Tinhamos o CIR, o programa de Betto Skin aos domingos e a rádio de Claudemir (onde apresentamos durante um bom tempo, um programa aos sábados). Hoje eu vejo os músicos mais preocupados com a propaganda do que com a música. Essa facilidade atual desvirtua o verdadeiro sentido da coisa. Mas vejo gente nova com grandes potenciais em nossa cidade, e também, gostaria de ver alguns artistas mais antigos com seus trabalhos gravados, como Fábio Xavier, Olegário Lucena, Sandova, Alberto Grilo, Cariolando... Seria de grande valor para nossa música.

Em relação à formação atual da banda, o guitarrista Marcelo Aleixo (ex-Plano Base) entrou há algum tempo e já aparece como um dos grandes destaques da banda. Vocês acham que a banda se consolidou com a entrada dele?

Marcos Mota: Marcelo além de ser um excelente músico é uma excelente pessoa, um cara de grupo. Ele deu um sangue novo à banda. Mas também temos a presença de Wagner, que é o nosso novo baterista e também está somando muito.


Sobre material novo, o que a Calibre está preparando para o público?

Marcos Mota: Esperamos após o CIR continuarmos com as gravações, mas ainda não sabemos se vamos fazer um EP com poucas músicas ou um álbum completo. Só depois vamos sentar e definir isso.

Quais as expectativas para o show do Capibaribe In Rock 2014? Estão preparando algo especial?

Marcos Mota: A expectativa para o CIR  sempre é grande. Posso dizer que estamos preparando um show nervoso, como nos velhos tempos.


A Calibre 765 se apresenta no domingo, dia 16 de novembro. TÁ CHEGANDO!

    
Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Marcos Mota


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Entrevista: Os Aquamans (Surubim - PE)

Direto de Surubim - PE, a banda de surf music Os Aquamans desponta como uma grande e bem vinda novidade na cena alternativa da região. Com um som enraizado em cantores como Dick Dale, os caras estão ansiosos para tocar no Capibaribe in Rock 2014. O blog chamou o baterista Eduardo Souza para conversar sobre a cena de Surubim, influências, além, é claro, do que eles estão aprontando para o público do festival. 


      Como Os Aquamans surgiram?

     Eduardo Souza: A banda surgiu de algumas jams que fazíamos nos finais de semana, com a banda do nosso baixista Felipe. logo após o ensaio constumavos realiazar alguns improvisos. Tocar surf rock sempre foi uma brincadeira de fim de ensaio sem nenhuma pretensão. Com o desfalque de dois membros da antiga banda (incluindo o vocalista), e um convite para tocar no evento de aniversário da cidade, tivemos que arranjar uma solução. Dai veio a ideia de levar o surf instrumental, que fazíamos em forma de jams nos finais de ensaio mais a sério, e formar uma nova banda faltando apenas uma semana para a apresentação. Se o show foi bom, pergunte ao vigia Bazinha, o mais animado da plateia.

    Quais as influências de vocês?

    Eduardo Souza: Nossas maiores influências são basicamente do final dos anos 50 e anos 60, totalmente direcionado a surf music e um pouco de música psicodélica. Bandas como The Ventures, The Astronauts, Dick dale, Beach boys, The jet blacks e até uma mais recente chamada Satan’s Pilgrims, essas são nossas maiores influências.


    Você tocava na Hanagorik, banda seminal para a cena de Santa Cruz que tinha um estilo bem diferente da Aquamans. Como foi a mudança?

    Eduardo Souza: Realmente existe uma diferença entre as duas bandas. Eu já tocava com Bruno (tecladista) Pedro (guitarrista) antes de entrar na Hanagorik. A minha entrada na Hanagorik foi justamente pela banda que eu já fazia parte com os meninos quando Tuca (guitarrista) me fez o convite para entrar na banda e decidi encarar o desafio, que pra mim foi uma das minhas melhores experiências como músico. Poder tocar com pessoas que você admira e respeita foi muito proveitoso para mim. Enquanto a questão da mundança não foi complicado por que eu sempre gostei de tocar os dois tipos de música tanto no Hanagorik que era um pouco mais pesado, quanto agora nos Aquamans.

    A Aquamans faz parte de uma cena bastante recente em Surubim. Como anda a cena da cidade?

   Eduardo Souza: Sobre isso eu sou meio suspeito pra falar. Acho até que não sou a pessoa certa  pra falar sobre isso, por que faço parte de uma geração bem mais nova.  Fazendo uma comparação com alguns tempos atrás, acho que já tivemos tempos bem melhores. A cena de hoje na cidade, pra ser sincero, quase não existe no meu ponto de vista. Há poucas bandas, e também não tem espaço para essas bandas se apresentarem (com exceção da Rockcycle), o único espaço disponível para as bandas da cidade, e se existe outro lugar, desconheço. Então não há muitas coisas que movimentem a cidade nesse tipo de cenário e nem apoio da prefeitura local, desde música ou qualquer outro tipo de arte que nasce da terra. 

   O que a banda está preparando para o Capibaribe in Rock 2014? Muita expectativa?

   Eduardo Souza: A expectativa pro show é a melhor possível, para todos os membros da banda, e em especialmente pra mim que já tive a oportunidade de tocar no festival com a Hanagorik. Sei que é um festival de respeito e com um público bem receptivo e aberto para ouvir qualquer tipo de música. Então minhas lembranças são as melhores possíveis e poder voltar a tocar no Capibaribe in Rock vai ser muito prazeroso. Estamos ansiosos para apresentação.

    E sobre material autoral, vocês têm pretensão de compor algo?

   Eduardo Souza: A banda é bem recente, formamos ela no começo de setembro, mas mesmo com pouco tempo de banda já conseguimos compor algumas músicas que já estão incluídas no repertório. Vamos fazer nossas versões de alguns clássiscos do surf, mas a ideia é ir compondo cada vez mais para que possamos entrar em estúdio para gravar o nosso álbum de estréia.

  O que o público pode esperar da apresentação dos Aquamans no Capibaribe in Rock?

   Eduardo Souza: Nós nunca fomos de pensar muito em como seria os shows, deixamos a música fluir e tomar conta de nós. Então o público do Capibaribe in Rock pode esperar um show bem pra cima, com um surf bem psicodélico.


    Os Aquamans são: Eduardo Souza (bateria), Felipe Andrade (baixo), Pedro Igor (guitarra) e Bruno Luiz (teclado). A banda se apresenta no sábado, dia 15 de novembro, no Capibaribe In Rock 2014.


Entrevista: Priscila Moura
@blue_journalist

Fotos: Os Aquamans

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Capibaribe in Rock 2014 - 17ª Edição



Programação oficial:

Sábado, 15/11
21:00hs - Os Aquamans (Surubim)
22:00hs - Diablo Angel (Caruaru)
23:00hs - Hindoslem (Áustria)
00:00hs - Le Freak (SCCapibaribe)

Domingo, 16/11
10:00hs - Palestra sobre ações ambientais no município, plantio de mudas, fórum de debates
Ministrantes: Pablo Ricardo, gestor de meio-ambiente do município;
Bruno Bezerra, Secretário de Desenvolvimento; e
Prof. Arnaldo Viturino

12:00hs - Feijoada da UESCC

18:00hs - TR7 (SCCapibaribe)
19:00hs - Kamono (SCCapibaribe)
20:00hs - Calibre (SCCapibaribe)
21:00hs - Orquídeas Francesas (Campina Grande/PB)
22:00hs - Plano Base (SCCapibaribe)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Entrevista: TR7 (Santa Cruz do Capibaribe - PE)

A TR7 é estreante no Capibaribe in Rock. Formada em julho deste ano, a banda possui um repertório cheio de clássicos do rock nacional e já foi bastante elogiada por toda a cidade. Os caras prometem mostrar para que vieram com um show preparado para conquistar o público de Santa Cruz e região com a nata do rock made in Brasil. Conversamos com o baixista Alex Felipe e ele nos contou um pouco mais sobre a banda e suas expectativas para o Capibaribe in Rock 2014. 


Como e quando surgiu a banda?

Alex Felipe: A TR7 surgiu em julho, quando André Luis (Guitarra), Willam Silva (Guitarra e voz) e eu (Baixo) decidimos nos juntar e montar uma nova banda com o fim da DC42, que foi nossa primeira banda. Juntaram-se a nós, Clleybson Martins (voz) e Otácio Pereira (Bateria). Com essa formação, fizemos alguns shows no Canal Tribo Livre, e nos eventos Cultura de Paz e Legend of Heroes. Hoje a banda conta com Willam Silva (Guitarra e voz), André Luis (Guitarra), Marllon Douglas (Bateria) e eu, Alex Felipe (Baixo).

Sabemos que o repertório de vocês inclui muitos clássicos do rock nacional. Mas quais as principais influências da TR7?

Alex Felipe: Somos apaixonados pelo rock nacional, desde bandas dos anos 60 até bandas mais recentes. Temos como grandes influências Os Mutantes, Erasmo Carlos, Raul Seixas, Titãs, Paralamas do Sucesso, Cachorro Grande, Bidê ou Balde, Kamono, e uma porrada de coisas.

Vocês possuem algum material próprio?

Alex Felipe: Sim. Temos um material bem massa, que já estamos apresentando nos nossos shows. A galera vem curtindo e tal, está sendo bem legal. Pretendemos gravar algumas dessas musicas em breve e divulgarmos ai pra galera.

O que você tem a dizer sobre o Capibaribe In Rock?

Alex Felipe: Cara, é um grande evento. Acho que todas as bandas de Santa Cruz e região sonham em tocar no CIR e comigo não é diferente. Comecei a acompanhar o evento em 2008 e desde então me imaginava ali em cima do palco, fazendo um som pra galera e tal. Daí que esse ano finalmente realizarei esse sonho.

Quais as expectativas da banda para a primeira participação no festival?

Alex Felipe: Ficamos extremamente felizes e satisfeitos com o trabalho que cada um vem desenvolvendo. As expectativas são as melhores possíveis e, sem duvidas, será muito importante para cada integrante que inicia agora. Pra finalizar, uma frase do grande Sérgio Dias: “Venham vós ao nosso reino aqui no Brasil. Rock n'roll, paz e amor aqui no Brasil...” Que o dia 16 de novembro chegue logo! (Risos).


A TR7 se apresenta no Capibaribe In Rock 2014 no domingo, dia 16 de novembro. TÁ CHEGANDO!


Entrevista: Jorge Luis

Edição: Priscila Moura

Fotos: TR7