Em
meio a tour de divulgação de Fuzzled Mind, disco de estreia da banda, a
Diablo Angel toca pela segunda vez no Capibaribe in Rock e promete um
show cheio de atitude, assim como seu elogiadíssimo primeiro álbum de
estúdio. Para saber mais sobre o processo de gravação do trabalho novo e
sobre as expectativas para a apresentação no festival, o blog conversou
com a vocalista Kira Aderne.
FOTO: BEATRIZ LORRANY |
CIR - A Diablo Angel estreou no Capibaribe in Rock há
dois anos atrás, não é isso? Como é voltar a tocar no festival, agora em plena
tour nordeste de um trabalho recém lançado?
Nosso primeiro show foi
no Capibaribe In Rock e não poderíamos ter estreado de melhor maneira, nesse
que é um dos festivais mais importantes e longevos do interior de Pernambuco.Em
2014, nesse primeiro show, ainda estávamos iniciando a nossa jornada. Hoje, a
banda está bem mais experimentada. Só no lançamento do Fuzzled Mind fizemos
mais de 10 shows, entre a capital e o interior,em apenas 4 meses! A gente vem
tocando bastante e isso tem sido maravilhoso. E ter recebido novamente o
convite para tocar no CIR 2016 foi fantástico.Estaremos no meio da nossa Tour
Diablo Angel Nordeste e tocar em “casa” será como jogar para nossa torcida!
CIR - Sobre o disco novo, como tem sido a recepção do
público?
A melhor possível,
talvez nem esperássemos tantos comentários positivos. Isso só vem recompensar
todo esforço da banda que rala bastante para viajar toda semana entre a capital
e o interior só para poder ensaiar e ainda nos dá mais energia para o próximo
trabalho.
CIR - Como foi o processo de composição/gravação do
Fuzzled Mind?
Nós iniciamos o
processo de composição em casa, ainda sem nosso batera Bruno Kiss. Utilizamos
samplers e bateria eletrônica para gravar uma demo em casa mesmo, então depois
que Bruno entrou e se familiarizou com as músicas começamos a pensar na
gravação oficial do álbum. Decidimos gravar em Caruaru, no Lá em Casa Estúdio,
do nosso amigo Henrique Aragão, que também fez a produção do álbum. Henrique é
especialista em música pesada (Heavy/Trash) e para ele foi um desafio produzir
uma banda com uma pegada mais alternativa, mas no fim o resultado foi além das
expectativas.
CIR - Além de disponibilizar
o disco novo em plataformas digitais de forma gratuita, como o Spotify, vocês
estão vendendo os discos em formato físico e outros produtos com a marca da
banda nos shows. Como vocês enxergam esse processo de distribuição independente
do trabalho, sem todo o marketing de uma gravadora, etc? Como é gerenciar essas
atividades que vão além da música?
É sem dúvida um
trabalho à parte que toda banda independente precisa fazer. Mas mesmo de forma
independente, conseguimos distribuir em apenas 6 meses a metade da tiragem do
CD Fuzzled Mind. E além de vender o álbum e as camisetas da banda em shows,
também disponibilizamos vendas online e em lojas físicas. Tudo para facilitar
ao máximo o acesso à nossa música. Sem falar que faz parte da cultura do rock
and roll vestir a camisa da banda que gosta, comprar o álbum físico para ler a
ficha técnica e descobrir quem foi produtor, ter um adesivo para colar no seu
caderno, espalhar para as outras pessoas o nome da banda que você gosta.
CIR - A banda sempre foi uma apoiadora e movimentadora
declarada da cena alternativa de Recife, além de cenas do interior como a de
Santa Cruz e Caruaru. Mesmo com toda a união de esforços para manter tais cenas
vivas, como é hoje ser uma banda independente em Pernambuco?
Ser independente aqui,
como em qualquer outro estado, significa que você tem que ralar para fazer sua
música acontecer. É o velho lema “Do It Yourself!” levado ao pé da letra. E não
adianta só ficar no Facebook enviando sua música para seus amigos. É importante
frequentar os eventos independentes, tanto na capital quanto no interior,
aumentar seu network de contatos, mostrar sua música a produtores e selos
alternativos, fazer parcerias com outras bandas para realização de eventos e
muito mais. Resumindo: se quer que sua música apareça, não pode ficar parado
esperando que alguém lhe ache, você têm que achar o seu público.
CIR - O que a Diablo Angel está preparando para o show
no Capibaribe in Rock esse ano?
Bastante coisa! Além
das músicas do Fuzzled Mind que hoje têm uma pegada bem diferente de 2 anos
atrás, ainda temos várias composições novas que já estamos tocando em shows e
que também estamos levando para a nossa Tour Diablo Angel Nordeste. E além
disso, talvez algum cover especial em agradecimento aos nossos amigos de Santa
Cruz. Será um show fantástico, a Diablo Angel não poderia estar mais feliz em
estar no line-up do Capibaribe In Rock 2016!
FOTO: DIVULGAÇÃO/DIABLO ANGEL |
Entrevista: Priscila Moura
ASCOM Capibaribe in Rock
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