quarta-feira, 11 de novembro de 2015

ENTREVISTA: 30 DE OUTUBRO (MOSSORÓ - RN)

Com um som que flerta com bandas indie e letras em português, a 30 de Outubro, banda de Mossoró - RN é a única atração não-pernambucana do Capibaribe in Rock 2015. Por indicação de um amigo santacruzense, os caras ficaram conhecendo o festival e aceitaram participar do evento. O blog conversou com a banda sobre carreira e as expectativas para o Capibaribe in Rock.



CIR - O que você pode nos contar sobre a 30 de Outubro? Como surgiu? Quem são os integrante e de onde veio o nome da banda?

Jonathas - A trinta tem Thiago “Bidu” na guitarra, “Fm” Tavares na bateria, Evaristo no baixo e Jonathas no vocal e guitarra. Alguns anos atrás Bidu tinha uma banda em Mossoró, a Jurubebas, na qual Jorge (primeiro baixista da Trinta) também participava. No mesmo período do fim da Jurubebas eu havia feito algumas músicas em casa, sem nenhuma pretensão, e as tocava com Michel, amigo de infância que tocava teclado comigo e tocou nos primeiros anos da Trinta. De alguma maneira que não lembro, Jorge e Bidu ficaram sabendo da músicas, acharam legais e perguntaram se eu não queria me juntar à eles e tocá-las, só pra ver como ficava. E foi assim que eu e Bidu entramos na banda. A gente não tinha baterista na época e lembro de ensaiarmos com uns samples que eu havia utilizado na gravação das músicas. Devido a ter outra banda de maior atividade na época, Jorge saiu ainda no primeiro ano da banda. Meu pai, Evaristo, acompanhava os ensaios e um dia perguntei se ele não podia quebrar um galho pra a gente no ensaio tocando baixo. E foi assim que Evaristo entrou na banda. Depois de termos encontrado e trocado algumas vezes de baterista, Fm apareceu, deu força e atitude na cozinha da banda e está aí, reinventando as músicas a cada ensaio. Essa é a Trinta.
O nome “Trinta de Outubro” veio nos primeiros ensaios, devido a banda não ter nome, Jorge sugeriu que fosse “30 de outubro” por causa de um blog que eu mantinha e era onde eu postava as músicas e letras que fazia. “E porque o blog tinha esse nome?”. Nada demais. Eu precisava de um nome pro blog, e um dos primeiros textos que coloquei lá tinha a data “30/10/2006” nela. Eu achei legal a ideia de ter uma data no nome, e ficou.

CIR - Quais as suas principais influências?

Jonathas - As influências são difíceis precisar. Cada um tem as suas e são bem diferentes. Eu ouço muito muita coisa e poderia dizer que Editors, U2, Hillsong United são minhas principais influências na hora de compor, mas a gente curte também o Kings of Leon, Oasis, já tocamos Los Hermanos… Um pouco de tudo no rock.

CIR - Como vocês conheceram o Capibaribe in Rock? E como vocês se sentem em se apresentar num festival tão longe de casa?

Jonathas - A oportunidade do Capibaribe in Rock apareceu através do meu amigo Dallas Ferraz, que dividia apartamento comigo durante parte do intercâmbio que fiz. Um dia mostrei umas músicas da gente pra ele e depois de tirar muito sarro delas, ele falou do festival e disse que poderia indicar a gente. Foi quando o Roberto nos fez o convite e a gente aceitou na hora. Estamos bastante empolgados! No último ano a banda esteve parada e essa vai ser nossa primeira apresentação em quase 2 anos. A gente "tá se coçando” pra tocar. Vai ser nossa primeira vez em Pernambuco e tocar num festival como esse é a melhor forma de recomeçar. Esperamos agradar e voltar nos próximos anos.Obrigado ao Dallas (Kevin is gonna be theeere), e ao Roberto pela a oportunidade.

CIR - Que importância você vê em festivais como o CIR para o movimento alternativo da nossa região?

Jonathas - Particularmente acredito que festivais como o Capibaribe in Rock são fundamentais para a sobrevivência e crescimento da cena. As bandas precisam desse espaço, desse incentivo, dessa visibilidade… Serem provocadas a produzir sempre coisa nova, de maior qualidade e, principalmente, cantar e representar sua identidade, sem desrespeitar as demais. É através da música que a gente sabe se expressar melhor. A gente usa a música pra passar nossa mensagem, espalhar amor, cultivar a esperança. Quando escrevo, o faço acreditando que alguém deve estar precisando ouvir o que a gente tem a dizer e a gente espera que o que a gente diz a faça bem.

CIR - Por fim, qual a expectativa da banda em relação a apresentação no Capibaribe in Rock e o que podemos esperar do show de vocês?


Jonathas - Nós tentamos montar uma apresentação com as melhores canções que temos. Queremos fazer um show forte, enérgico. Escolhemos as músicas que a gente acha que são mais a cara da gente e que, principalmente, a gente se diverte tocando, que é o principal. Vai ter muito delay e drive, é a única coisa que dá pra garantir. Acho que vai ser um grande festival.

Entrevista: Jorge Luis
Edição/Finalização: Priscila Moura
Foto: 30 de Outubro

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