Talvez a atração mais
tradicional do Capibaribe in Rock, a Le Freak faz parte do seleto grupo de
bandas seminais da cena alternativa de Santa Cruz do Capibaribe, com membros
que fizeram ou ainda fazem parte de outras bandas que igualmente ajudaram a
construir e manter a chama dos projetos independentes no interior do estado. Cheios de novidades e prometendo, como sempre, um show cheio
de energia para público nenhum botar defeito, o blog bateu um papo com os
caras pra saber das boas novas da banda.
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FOTO: LE FREAK/DIVULGAÇÃO |
CIR - Esse ano a Le
Freak tem tocado bastante no eixo de cidades do interior e capital. Como tem
sido tocar em tantos lugares e como tem sido a recepção do público?
Charles: Tem sido uma
grande experiência tanto de palco como na receptividade do público. Há alguns
anos nosso estilo de som ainda encontrava alguma resistência no interior, mas
agora vemos que isso tem reduzido bastante e a galera tem curtido e isso é
muito massa.
CIR - Juntamente com a
Calibre, o show de vocês é um dos mais tradicionais do Capibaribe in Rock, bem
como um dos mais lotados e aguardados do festival. Ainda rola um frio na
barriga de subir ao palco todo ano?
Charles: Tocar no CIR é
sempre um prazer mas também uma grande responsabilidade, pois sem dúvida é um
dos maiores festivais de rock do estado, não à toa ocorre a tanto tempo, nem
shows tradicionais da capital como o Abril pro Rock ou PE no Rock resistiram ao
longo dos anos. Ao subir no palco dá aquele frio na barriga sempre, mas ao
surgir o som da primeira microfonia que faz parte de nossa sonoridade, todos os
integrantes relaxam e curtem o momento até
o final do show.
CIR - A banda lançou
material novo em 2015. Rola material novo brevemente?
Betto: Estamos passando
por uma nova fase de criação, e assim a nossa ideia é que após os compromissos
desse ano (a banda ainda toca no dia 04/12, no Surubim Rock Fest) vamos dar uma
pausa nos shows para finalizarmos algumas canções que já estão pré-produzidas e
outras que ainda são rascunhos. Todas são bem no estilo da banda, ou seja,
canções enérgicas e com a sonoridade típica da Le Freak: muito barulho!
CIR - Com tantos anos
de estrada, como vocês enxergam o crescimento e cada vez mais união de outras
cidades do interior na manutenção das cenas alternativas dessa região?
Charles: Enxergamos
tudo com muita felicidade e isso nos dá mais energia pra seguir em frente. Ao
longo desse caminho sempre surgiram momento difíceis em questão de apoio do
poder público e as vezes da iniciativa privada pra organizar o evento, mas
principalmente Betto com muita coragem segurou a barra e continuou realizando o
evento na marra. Mais bandas surgindo e agregando muitas coisas ao evento, uma
galera nova surgindo e com vontade de colocar as coisas pra frente tanto aqui
como em outras cidades vai contribuindo para essa troca de experiências e as
coisas vão rolando com mais naturalidade.
CIR
- E esse ano, o que a Le Freak está preparando para o Capibaribe in Rock?
Charles: Esse ano,
tocaremos mais uma vez em casa, e estamos muito felizes pois juntamente com
bandas como Vamoz!, Explosives e Diablo Angel, tocaremos com bandas com
sonoridade que bebem na mesma fonte de influência e fazem um som parecido com o
nosso, então a empolgação para microfonia e efeitos sonoros durante o show
estão programadas. Preparem os ouvidos! (risos). Sem contar que
a cada passo que damos nos encontramos mais como banda e o som vai ficando cada
vez mais como queremos, então para esse show as expectativas são ótimas.
Esperamos todos lá no evento.
Entrevista: Priscila Moura
ASCOM Capibaribe in Rock